quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Aula - Capitalismo

E. E. Antonio Pinto Pereira - 9º Ano E. F. - Geografia
Prof. Hans Muller


Carta do mundo de 1694, Anônimo

Capitalismo
A sociedade capitalista foi gestada em meio à dissolução da ordem feudal, particularmente na Inglaterra e o noroeste europeu mais desenvolvido (nos demais países a dissolução do feudalismo deu lugar a estados absolutistas, onde as revoluções burguesas adviriam quase dois séculos depois da inglesa, de 1640-60). O enfraquecimento da relação de servidão e  darenda como relação de produção predominante, e a concomitante expansão da produção de mercadorias acabou por quebrar o isolamento dos feudos e levou à formação de ummercado unificado dentro do arcabouço institucional do Estado-nação burguês. Inicialmente as utopias construídas a partir da idéia de abolição da servidão preconizavam uma sociedade organizada sob a égide do interesse coletivo, de cunho socialista. No entanto, as revoltas populares inspiradas nessa idéia foram derrotadas (das guerras camponesas européias à liquidação dos Levellers na Inglaterra) e acabou se implantando um processo diametralmente oposto: a eliminação das terras comunais através dos cercamentos e sua transformação empropriedade com o consequente assalariamento dos trabalhadores, que veio a ser a nova relação de produção predominante.
A generalização da forma-mercadoria é a tendência fundamental e força motor do capitalismo, procurando produzir sempre maisvalores de uso  enquanto valores de troca na forma de mercadorias mediante trabalho assalariado. Os estágios de desenvolvimento se definem precisamente de acordo com as condições em que tal tendência pode se concretizar. Nos primórdios do capitalismo, em seu estágio extensivo, a expansão da produção de mercadorias se dá primordialmente pelaextensão do assalariamento às relações pré-capitalistas: servos, produção para subsistência, produtores independentes, acrescida do efeito do aumento da produtividade. 
A regulação do capitalismo se dá por uma relação dialética do mercado, que através dos preços regula a quantidade e as técnicas de produção de mercadorias e a intervenção necessária ainda que antagônica do Estado que assegura ascondições institucionais e a infraestrutura para o funcionamento da produçào de mercadorias e em última análise, da reprodução da sociedade capitalista.


Bibliografia
Marx, Karl (1867) "A chamada acumulação primitiva" Capital I
Smith, Adam (1776) The wealth of nations
Keynes, John M (1936) A teoria geral do emprego, juros e dinheiroMacmillan, London
Aglietta, Michel (1976) Régulation et crises du capita
lisme esp. "Introduction:  Le besoin d'une théorie de régulation capitaliste" Calmann-Lévy, Paris

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