Prof.ª Maria Pleutim
Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira ou ainda Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno início do ouro, na então capitania de Minas Gerais. Entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português.
Foi um dos mais importantes movimentos sociais da história brasileira. Significou a luta do povo brasileira pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial.
No final do século XVIII, o Brasil era colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de indústrias fabris em território brasileiro, forçando ainda mais a dependência da colônia pela metrópole.
Essa conspiração de uma pequena elite de Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, teve como principais participantes intelectuais, religiosos, militares e fazendeiros, e dentre eles o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o principal líder do movimento.
O principal ponto desse movimento foi que além dos altos impostos e taxas cobradas e também do quinto, como o próprio nome já indica, correspondia à cobrança de 20% (1/5) sobre a quantidade de ouro extraído anualmente. Quando o quinto não era pago, os valores atrasados iam se acumulando. Então, a metrópole podia lançar mão da "derrama" para cobrar esses impostos, utilizando-se até mesmo do confisco dos bens dos devedores.
Todos os líderes da Inconfidência estavam endividados como o real Erário Portugês, motivo pelo qual, segundo especialistas, teriam sido motivados a se envolver na revolta contra a metrópole. Emblemático, foi o fato da eclosão do movimento ter sido agendada justamente para o dia emq ue se esperava que o governador da capitania de Minas Gerais, visconde de Barbacena, ordenasse a cobrança da derrama. Esperavam, com isso, ganhar o apoio da população à sua luta anticolonialista.
O grupo liderado então por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira.
A Inconfidência Mineira transformou-se em um símbolo máximo de resistência para os minerios, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos, e da Revolução Constitucionalista de 1932 para os paulistas. A Bandeira idealizada pelos inconfidentes foi adotada pelo estado de Minas Gerais.
Veja algumas curiosidades sobre o fato:
- Na primeira noite em que a cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, foi furtada, sendo o seu paradeiro desconhecido até aos nosso dias;
- Tratando-se de uma condenação por inconfidência (traição à Coroa), os sinos das igrejas não poderiam tocar quando da execução. Afirma a lenda que, mesmo assim, no momento do enforcamento, o sino da igreja local soou cinco badaladas.
- A cada de Tiradentes foi arrasada, o seu local foi salgado para que mais nada ali nascesse, e as autoridades declararam infames todos os seus descendentes.
- Tiradentes jamais teve barba e cabelos grandes. Como alferes, o máximo permitido pelo Exército Português seria um discreto bigode. Durante o tempo que passou na prisão, Tiradentes, assim como todos os presos, tinha periodicamente os cabelos e barbas aparados, para evitar a proliferação de piolhos, e, durante a execução estava careca com a barba feita, pois o cabelo e a barba poderiam interferir na ação da corda.
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Visite abaixo no link o site oficial da cidade de Tiradentes.
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