Prof.ª Maria Neize Loubet Neto
Pré-modernismo
Durou no Brasil entre 1902 e 1922.
Esse início de século foi marcado por várias invenções e descobertas que influenciaram toda a humanidade.
O que se convencionou chamar de Pré-Modernismo não foi propriamente uma escola literária. Não houve manifesto em jornais nem grupo de autores em torno de uma proposta una ou de um ideário. O nome, com o tempo, passou a designar a produção literária do Brasil nas duas primeiras décadas do século XX.
O Brasil vivia sob o regime da chamada República do Café com Leite e foi uma época marcada por revoltas e conflitos sociais: Revolta da Armada, Revolta de Canudos, Cangaço, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Guerra do Contestado.
Euclides da Cunha |
Tendências: Duas tendências básicas podem ser notadas entre os autores da época: a) Conservadora - percebida na produção poética de Olavo Bilac (e de todos os outros parnasianos) e de Cruz e Sousa, representante da estética simbolista. A poesia é elaborada dentro dos moldes de perfeição, obediente a normas e presa a temas alheios à realidade brasileira; b) Inovadora - presente nas obras de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos. as várias realidades do Brasil são expostas, e o leitor começa a perceberque vive em um país de contrastes. A linguagem pomposa e artificial começa a perder terreno para uma expressão mais simples, fiel à fala cotidiana. Nesse aspecto, Lima Barreto é o legítimo representante das classes iletradas.
Apesar disso, surgiram também várias manifestações artísticas tanto na música, na pintura e na literatura.
Lima Barreto |
Vários escritores brasileiros surgiram nessa época adotaram uma postura mais crítica diante dos problemas sociais.
Características do Pré-Modernismo: Ruptura com o passado; regionalismo; literatura-denúncia.
Autores Pré-modernos
Euclides da Cunha (1866-1909)
Foi colaborador do Jornal "O Estado de São Paulo" e por conta disso, em 1887 foi para Canudos cobrir a rebelião.
Obras: Os Sertões (1902); Constrastes e Coinfrontos (1907); Peru vesus Bolívia (1907); À Margem da História (1909 - obra póstuma).
Euclides da Cunha também foi professor do Colégio Pedro II.
Monteiro Lobato |
Morreu assassinado em 1909 pelo suposto amante da sua esposa.
Lima Barreto
No estilo simples fez uma literatura militante, criou alguns personagens que se tornaram símbolo de comportamento e valores sociais, como Policarpo Quaresma e Clara dos Anjos.
Obras: Triste fim de Policarpo Quaresma; Numa e Ninfa; Clara dos Anjos; Recordação do escrivão Isaías Caminhas; Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá.
Graça Aranha |
Monteiro Lobato
O maior nome da literatura infantil brasileira. Considerado um regionalista, escritor combativo de literatura militante, apresentou a realidade social e mental do chamado Jeca Tatu.
Obras: Reinações de Narizinho; Idéias de Jeca Tatu; Urupês; Cidades Mortas; Viagem ao Céu; Memórias de Emília; O Minotauro; entre outros.
Graça Aranha
Afonso Arinos |
Era membro da Academia Brasileira de Letras, porém criticou seu conversadorismo e ficou ao lado da nova geração de artistas que surgiram com a Semana de Arte Moderna de 1922.
Obras: Canaã (1902); Malazarte (1911); A estética da vida (1920); O espírito moderno (1925); A viagem maravilhosa (1929).
Afonso Arinos
Foi um jornalista, escritor e jurista brasileiro. Ocupou a cadeira 40 da Academia Brasileira de Letras.
Obras: Pelo sertão - contos (1898); Os jagunços - contos (1898); Notas do dia (1900); O contratador de Diamantes (póstumo, 1917); A unidade da Pátria (póstumo, 1917); Lendas e Tradições Brasileiras (póstumo, 1917); O mestre de campo (póstumo, 1918); Histórias e paisagens (póstumo, 1921).
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