quinta-feira, 21 de março de 2013

Aula - Pré-modernismo

E. E. Antonio Pinto Pereira - 3º Ano E. M. - Literatura
Prof.ª Maria Neize Loubet Neto

Pré-modernismo

Durou no Brasil entre 1902 e 1922.
Esse início de século foi marcado por várias invenções e descobertas que influenciaram toda a humanidade.
O que se convencionou chamar de Pré-Modernismo não foi propriamente uma escola literária. Não houve manifesto em jornais nem grupo de autores em torno de uma proposta una ou de um ideário. O nome, com o tempo, passou a designar a produção literária do Brasil nas duas primeiras décadas do século XX.
O Brasil vivia sob o regime da chamada República do Café com Leite e foi uma época marcada por revoltas e conflitos sociais: Revolta da Armada, Revolta de Canudos, Cangaço, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Guerra do Contestado.

Euclides da Cunha

Tendências: Duas tendências básicas podem ser notadas entre os autores da época: a) Conservadora - percebida na produção poética de Olavo Bilac (e de todos os outros parnasianos) e de Cruz e Sousa, representante da estética simbolista. A poesia é elaborada dentro dos moldes de perfeição, obediente a normas e presa a temas alheios à realidade brasileira; b) Inovadora - presente nas obras de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos. as várias realidades do Brasil são expostas, e o leitor começa a perceberque vive em um país de contrastes. A linguagem pomposa e artificial começa a perder terreno para uma expressão mais simples, fiel à fala cotidiana. Nesse aspecto, Lima Barreto é o legítimo representante das classes iletradas.
Apesar disso, surgiram também várias manifestações artísticas tanto na música, na pintura e na literatura.

Lima Barreto

Vários escritores brasileiros surgiram nessa época adotaram uma postura mais crítica diante dos problemas sociais.

Características do Pré-Modernismo: Ruptura com o passado; regionalismo; literatura-denúncia.


Autores Pré-modernos
Euclides da Cunha (1866-1909)
Foi colaborador do Jornal "O Estado de São Paulo" e por conta disso, em 1887 foi para Canudos cobrir a rebelião.
Obras: Os Sertões (1902); Constrastes e Coinfrontos (1907); Peru vesus Bolívia (1907); À Margem da História (1909 - obra póstuma).
Euclides da Cunha também foi professor do Colégio Pedro II.

Monteiro Lobato

Morreu assassinado em 1909 pelo suposto amante da sua esposa.

Lima Barreto
No estilo simples fez uma literatura militante, criou alguns personagens que se tornaram símbolo de comportamento e valores sociais, como Policarpo Quaresma e Clara dos Anjos.

Obras: Triste fim de Policarpo Quaresma; Numa e Ninfa; Clara dos Anjos; Recordação do escrivão Isaías Caminhas; Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá.


Graça Aranha

Monteiro Lobato
O maior nome da literatura infantil brasileira. Considerado um regionalista, escritor combativo de literatura militante, apresentou a realidade social e mental do chamado Jeca Tatu.
Obras: Reinações de Narizinho; Idéias de Jeca Tatu; Urupês; Cidades Mortas; Viagem ao Céu; Memórias de Emília; O Minotauro; entre outros.

Graça Aranha

Afonso Arinos

Era membro da Academia Brasileira de Letras, porém criticou seu conversadorismo e ficou ao lado da nova geração de artistas que surgiram com a Semana de Arte Moderna de 1922.
Obras: Canaã (1902); Malazarte (1911); A estética da vida (1920); O espírito moderno (1925); A viagem maravilhosa (1929).

Afonso Arinos
Foi um jornalista, escritor e jurista brasileiro. Ocupou a cadeira 40 da Academia Brasileira de Letras.
Obras: Pelo sertão - contos (1898); Os jagunços - contos (1898); Notas do dia (1900); O contratador de Diamantes (póstumo, 1917); A unidade da Pátria (póstumo, 1917); Lendas e Tradições Brasileiras (póstumo, 1917); O mestre de campo (póstumo, 1918); Histórias e paisagens (póstumo, 1921).
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