Prof. Walteir Roberto de Souza
Gravidez na Adolescência
A gravidez na adolescência tem sido apontada como um problema de saúde pública. Em uma pesquisa, a pílula e o preservativo masculino aparecem como os mais conhecidos. Os jovens muitas vezes negam o risco de engravidar devido a um pensamento "mágico" característico da adolescência e de sua imaturidade psicoemocional. Ao engravidar, as adolescentes acreditam obter a auto-realização e a independência.
Gravidez e adolescência, quando ocorrem juntas, podem acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que acontece é que esses jovens não estão preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da própria realidade.
O início da atividade sexual está relacionado ao contexto familiar, adolescentes que iniciam a vida sexual precocemente e engravidam, na maioria das vezes, tem o mesmo histórico dos pais. A queda dos comportamentos conservadores, a liberdade idealizada, o hábito de "ficar" em encontros eventuais, a não utilização de métodos contraceptivos, embora haja distribuição gratuita pelos órgãos de saúde públicos, seja por desconhecimento ou por tentativa de esconder dos pais a vida sexual ativa, fazem com que a cada dia a atividade sexual infantil e juvenil cresça e consequentemente haja um aumento do número de gravidez na adolescência.
Para muitos destes jovens, não há pespectiva no futuro, não há planos de vida. Somado a isso, a falta de orientação sexual e de informações pertinentes, a mídia que passa aos jovens a intenção de sensualidade, libído, beleza e liberdade sexual, além da comum fase de fazer tudo por impulso, sem pensar nas consequências, aumenta ainda mais a incidência de gestação juvenil.
"Pode-se dizer que estamos enfrentando atualmente uma epidemia de gravidez na adolescência. Para ter-se uma ideia, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorriam nessa faixa etária. Em 2000, portanto dez anos depois, esse índice aumentou para 18%, ou seja, praticamente dobrou o número de mulheres que engravidam entre 12 e os 19 anos. A gravidez na adolescência é considerada de alto risco. Daí a importância indiscutível do pré-natal para evitar complicações durante a gestação e o parto" (Dr. Drauzio Varella, 2013).
Como evitar?
O acesso a informação, a educação, assim como a conscientização e a orientação para o uso de contraceptivos, são as únicas formas de combater e prevenir a gravidez na adolescência. Tudo isso, porém, só será possível através de associação de ações educacionais e de saúde pública.
BrasilEscola/InfoEscola/Dr.DrauzioVarella/TVEscola
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